São Paulo, quarta-feira, 10 de janeiro de 1996
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SP volta a ampliar fatia no PIB

DA SUCURSAL DO RIO; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após 25 anos de queda, Estado aumenta para 35,85% sua participação na produção nacional
A participação do Produto Interno Bruto do Estado de São Paulo no PIB brasileiro voltou a crescer em 95, após 25 anos de tendência de queda.
A reversão da tendência foi identificada em estudo preliminar do economista Istvan Kasznar, da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
A participação de São Paulo no PIB brasileiro passou de 35,61% em 1994 para 35,85% em 1995.
O PIB é a medida em dinheiro de todos os bens e serviços produzidos em uma determinada região durante um período.
Em 1970, a economia de São Paulo representava 39,43% do PIB brasileiro. Em 1975, caiu para 39,19%; em 1980, baixou para 37,45%; em 1985, era de 37,23% e, em 1990, atingiu 35,70%.
O estudo foi feito com base em dados até agora disponíveis sobre o desempenho econômico dos mil maiores municípios do Brasil, responsáveis por 84% da produção do país. O Brasil tem aproximadamente 5.500 municípios.
O trabalho mostrou que, apesar de vir sendo reduzida ao longo do tempo, a participação de São Paulo ainda é quase três vezes maior que a de todos os Estados da região Nordeste do país, área que responde por 12,60% da produção brasileira.
Segundo o estudo de Kasznar, Santa Catarina foi o Estado que apresentou maior crescimento econômico em 95, com uma taxa de 11,48%. Em segundo lugar veio Pernambuco, com 10,82%.
Segundo o economista, esses Estados mais o Ceará (8,83% de crescimento) começaram a colher os frutos de terem feito reformas para reduzir os seus custos administrativos.
O Estado de São Paulo registrou, pelo estudo de Kasznar, um crescimento de 5,18% do PIB no ano passado, ficando o valor da sua produção em US$ 180,6 bilhões. O PIB total do Brasil alcançou US$ 482,3 bilhões, com um crescimento de 4,68%.
Depois de São Paulo, a maior participação no PIB brasileiro em 95, segundo o estudo, foi do Rio de Janeiro, com 12,61%, superando Minas Gerais, que teria 12,56% do PIB do país. Em 94, Minas tinha 12,53% e o Rio 12,52%. O governo de Minas questiona os números de Kasznar.
Cenário da indústria
O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Fernando Bezerra, prevê um cenário positivo para a economia em 96, caso as reformas constitucionais (previdenciária, administrativa e tributária) sejam aprovadas pelo Congresso no primeiro semestre.
"Condicionamos o crescimento a partir do segundo semestre às mudanças que serão feitas pelo Congresso", disse ele, que é senador pelo PMDB-RN.
Bezerra afirmou, no entanto, que, "se chegarmos ao final do semestre com crescimento zero, já será muito positivo". Na sua avaliação, os efeitos das reformas só serão sentidos nos últimos meses do ano.

Colaborou a Sucursal de Brasília

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