São Paulo, quarta-feira, 10 de janeiro de 1996
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Diretor adota viés protestante

DANIELA ROCHA
DA REDAÇÃO

Apesar de ter formação católica, ser religioso e venerar seus mortos, Gabriel Villela pela primeira vez dá a seu trabalho um viés protestante em "Mary Stuart".
"Este é um espetáculo em que eu estou sendo mais protestante do que católico. Descobri que sou anticlerical", diz.
Em "O Concílio do Amor" (89), ele enfocou o surgimento da sífilis no Vaticano, numa leitura católica. A religiosidade popular com registro no catolicismo é constante em suas montagens -"Vem Buscar-me que ainda sou teu" (90) e "A Rua da Amargura" (95). "Desta vez, atuo na minha arte contra a minha arte, crio uma guerra santa interior. É como se me desdobrasse em dois e o protestante vencesse o católico. É bom ver o outro lado, mexer com os demônios, subverter a ordem de criação."
(DR)

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