São Paulo, segunda-feira, 15 de janeiro de 1996
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Servílio ganhou a única medalha

EDGARD ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Servílio de Oliveira, 57, ainda hoje recorda a emoção da medalha de bronze, a única do Brasil no boxe até hoje, que conquistou na Olimpíada do México-68.
"A bandeira do Brasil subindo na hora da cerimônia das medalhas não vou esquecer nunca mais", declarou.
O boxe é a grande paixão na vida desse ex-pugilista amador (35 vitórias e 5 derrotas) e profissional (invicto, com 20 vitórias).
O boxe foi responsável por dois momentos marcantes na vida dele.
O primeiro, de felicidade, quando Servílio conquistou a medalha.
O segundo, de tristeza, quando no dia 3 de dezembro de 1971, ele ganhou a luta do mexicano Tony Moreno, mas deixou o ringue com uma lesão no olho direito (descolamento de retina), que interrompeu sua carreira.
"Continuo no boxe e hoje sou agenciador de pugilistas", disse.
Gabriel, 21, seu filho, vinha sendo orientado pelo pai com o objetivo de ser um campeão olímpico, mas desistiu. Servílio não gostou da decisão. Como o pai, Gabriel era peso-mosca e bicampeão brasileiro. O filho optou por um curso de educação física.
(EA)

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