São Paulo, segunda-feira, 15 de janeiro de 1996
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Público de show era riponga

DA REPORTAGEM LOCAL

"Os 70 foram uma época muito romântica", diz Lobão, 36, que, em meados da década, morava em uma comunidade alternativa em Itaipava, com integrantes do Vímana -grupo de rock progressivo em que tocavam Ritchie e Lulu Santos.
Hoje, Lobão não se considera roqueiro. "Me considero um músico popular brasileiro. Embora meu trabalho tenha tido muita influência do rock", diz.
Ele encontra diferenças entre os shows dos 70, 80 e 90. A começar pela platéia.
"Era um público riponga, metafisicamente hippie. Havia muita maconha e ácido. As pessoas meditavam, algumas assistiam em posição de lótus. Se comportavam de maneira muito espiritualizada."
Naquela época, os espetáculos ocorriam em teatros, cinemas, ou em museus -estádios nem pensar.
"Os shows de rock duravam mais de três horas, com muita improvisação. Algumas músicas tinham 25 minutos. Eu fazia solos de bateria de 20 minutos", conta.

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