São Paulo, quinta-feira, 18 de janeiro de 1996
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Americanos são minoria até jogando em casa

MÁRIO MAGALHÃES
DO ENVIADO A LOS ANGELES

O adversário de hoje da seleção brasileira é muito peculiar. Jogando anteontem no estádio de Anaheim (Califórnia) diante de 52.345 pessoas, os Estados Unidos eram minoritários na torcida.
A esmagadora maioria era de salvadorenhos, que viram sua seleção perder por 2 a 0. "Já nos acostumamos. Nem damos bola para isso", disse o zagueiro americano Marcelo Balboa.
"O importante foi a quantidade de espectadores. Comecei no futebol em 1988 e não levávamos mais de mil pessoas aos jogos."
Balboa (do clube mexicano Leon) e Alexi Lalas (Padova, da Itália), dois dos três zagueiros americanos, são os principais trunfos da equipe. Faltas no ataque e escanteios são cobradas para eles.
É fácil reconhecê-los na televisão: ambos têm cabelo comprido e cavanhaque. O roqueiro Lalas é loiro. Balboa, moreno.
O outro destaque do time é o atacante Wynalda, que está se transferindo da Alemanha para a Major Soccer League, a nova liga profissional de futebol dos EUA.
O técnico, Steve Sampson, substitui Bora Milutinovic, que dirigiu a equipe na Copa do Mundo.
"Na Copa do Mundo e na Copa América, tivemos respeito excessivo pelo Brasil. Quando isso acontece, a equipe joga defensivamente e perde", disse o treinador.
Os EUA se preparam para, a partir de setembro, disputar as eliminatórias da Copa de 98. "Vamos para cima do Brasil", promete Sampson. "O que temos a perder? Vamos continuar o show e bater os melhores do mundo."
Tanto ele como Balboa e Wynalda disseram que "é a mesma coisa" enfrentar a seleção olímpica brasileira e a principal. "Essa é nossa grande chance", afirmou Balboa.
(MM)

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