São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 1996
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Alunas tentam manter os filhos em moradia

MALU GASPAR
DA REPORTAGEM LOCAL

As mães que moram no Crusp (Conjunto Residencial da USP) não precisam mais retirar os filhos da moradia até 1º de fevereiro.
Nota divulgada ontem pela Coseas (Coordenadoria de Assistência Social da USP) afirma que as mães terão assegurado o direito de ficar com os filhos até que cada caso seja julgado.
Segundo o documento, a única instância que pode decidir se as crianças ficam ou não é a Comissão de Moradia Estudantil. A Comissão só deve ser constituída com a volta às aulas na USP, para que os representantes dos alunos sejam eleitos.
As estudantes apresentaram ontem recurso administrativo à Coseas pedindo a anulação da notificação que determina a saída dos filhos até dia 1º.
A assessora jurídica do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Paula Losada, que representa as mães, disse que entra com mandado de segurança contra a medida na próxima semana.
As estudantes depõem hoje às 10h no Conselho Tutelar do Butantã (zona oeste de SP). Cabe ao conselho fazer com que o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) seja cumprido. Para Luis Ferretti, presidente do Condeca (Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente), a medida fere o Estatuto. Ferretti citou o artigo 19, que diz que "toda criança ou adolescente tem direito a ser criada e educada no seio de sua família".
A deputada Marta Suplicy (PT-SP) também vai auxiliar as mães. A reunião entre elas foi adiada de ontem para hoje. Nos campi da USP no interior do Estado, não há proibição à permanência de filhos nas moradias. Também não estão previstas alterações.

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