São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 1996
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Divergências começaram em 65

DA REPORTAGEM LOCAL

As divergências da família Veríssimo começaram em 65, quando o fundador do grupo Eldorado, João Alves Veríssimo, se casou, aos 60 anos.
Com o casamento, os sobrinhos -João Alves Veríssimo Sobrinho e seus filhos João Carlos, José Roberto e Sérgio- deixaram de ser os únicos herdeiros e passaram a dividir a posição com a mulher Domitila e as filhas.
A disputa se acirrou em 1988, quando o fundador morreu. Os sobrinhos reivindicaram uma parcela maior do capital (58%).
Em 2 de julho de 93, as filhas, representadas pela holding Taveri, e os sobrinhos, pela Verpar, firmaram um acordo de cisão.
Na divisão do patrimônio, a Taveri (ala feminina) ficaria com a rede de atacado J.Alves Veríssimo, a refinadora de óleo Crovel, duas fazendas e 61 imóveis.
À Verpar (ala masculina da família) caberiam a rede de híper e supermercados, a fazenda Itaoca, a fábrica de conservas Vega e o Moinho Paulista.
O shopping Eldorado permaneceria sob controle das duas holdings. Na época do acordo, o patrimônio do grupo era avaliado em US$ 350 milhões.
Como não foi feita auditoria prévia, os cálculos da divisão se basearam na análise dos balanços.
O acordo não chegou a ser concretizado, porque a ala feminina da família (Taveri) discordou da avaliação patrimonial.
Em fevereiro de 94, as filhas do patriarca -Maria Lúcia, Maria Helena e Maria da Conceição- chegaram a ser afastadas da administração das empresas por decisão judicial, a pedido dos sobrinhos.
Em outubro do ano passado, o juiz Lineu Bonora Peinado, da 27ª Vara Cível de São Paulo considerou válido o acordo de cisão feito em julho de 93.

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