São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Colhendo os maus frutos Depois de acertado o acordo entre o governo paulista e a União, e mantida a propriedade estatal do Banespa, outros governadores demandam agora condições mais favoráveis para renegociar suas dívidas. Era previsível. Se não há determinação para privatizar e os verdadeiros descalabros nas contas do Estado de São Paulo -ainda que cometidos no passado- são encampados em grande parte pelo governo federal, é natural que outras administrações reclamem benesses similares. O governador Antônio Brito (RS), que já vinha renegociando a dívida do Estado com prazo entre 22 e 25 anos, usa agora o acordo sobre o Banespa para pedir que a discussão seja reiniciada tendo como parâmetro a negociação da dívida paulista, que estabeleceu prazo de 30 anos. O governador em exercício de Minas Gerais acaba de entregar ao ministro da Fazenda pedido para que R$ 420 milhões em dívidas de curto prazo sejam negociados com a União por prazo maior. Uma das principais razões para que os bancos estaduais sejam privatizados é justamente evitar que futuros maus governantes voltem a utilizar-se dessas instituições em prejuízo das contas públicas. Pouco importa que os atuais governadores não sejam responsáveis por alguns legados desastrosos. Eles jamais poderão dar garantias sobre o que farão os próximos mandatários. Texto Anterior: Combate ao desemprego Próximo Texto: Pontos de vista Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |