São Paulo, sábado, 20 de janeiro de 1996
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Dívida da PF impede admissão de aprovados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A crise financeira da Polícia Federal impede o órgão de contratar agentes, delegados e peritos. A PF não consegue nem convocar os candidatos já aprovados em concurso há três anos para fazer treinamento na Academia Nacional de Polícia, no Distrito Federal.
As dívidas acumuladas desde setembro somam R$ 19 milhões. A falta de dinheiro atingiu o gabinete do diretor-geral da PF, Vicente Chelotti, que teve sete linhas telefônicas cortadas esta semana.
A demora em contratar funcionários acabou levando à criação, em São Paulo, da Comissão dos Aprovados no Concurso da PF. A comissão representa 4.829 aprovados no concurso de 93.
A PF diz não ter dinheiro para recebê-los e treiná-los em sua academia. Hoje, o órgão possui 5.340 policiais. Chelotti afirma que são necessários 17 mil.
Como alternativa à falta de verbas, o Ministério da Justiça estuda transformar a academia em fundação pública. Com isso, ela poderia realizar cursos para outras instituições, arrecadando recursos para sua manutenção.

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