São Paulo, sábado, 20 de janeiro de 1996 |
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Jane Duboc adota banquinho e violão
MARIANE MORISAWA
Quando: hoje, às 21h, e amanhã, às 20h Onde: Sesc Pompéia (r. Clélia, 93, tel. 011/864-8544, ramal 111) Quanto: R$ 12 (comerciários e estudantes pagam meia-entrada) A cantora Jane Duboc apresenta-se hoje e amanhã no Sesc Pompéia. Ela canta e toca violão e teclados, acompanhada do violonista e percussionista Arismar do Espírito Santo. "Sempre trabalho com o Arismar. Vai ser um show intimista, despojado, só um banquinho e o violão. O que fazemos em casa", diz a cantora. Deixando de lado o repertório mais popular, que a levava às paradas de sucesso há alguns anos, a cantora apresenta pela primeira vez músicas do seu próximo disco. "Escolhemos músicas que gostamos, e que nunca cantamos", conta Jane Duboc. Entre as composições que interpreta no show estão "Bonita", de Tom Jobim, "Mansidão", de Caetano Veloso, "Indigo Blues", de Gilberto Gil, "Aqui é o Meu País", de Ivan Lins e "Sonho de Valsa", de Flávio Venturini e Murilo Antunes. O repertório tem músicas de Arismar do Espírito Santo, como "Samba Novo", e composições próprias, como "Pé na Estrada" e a inédita "Fruto da Estação". "Sempre cantei de tudo, música erudita, jazz. Fiz vocais para jingles, e músicas não tão populares", diz Duboc. A cantora começou sua carreira nos Estados Unidos há mais de 25 anos. "É como se eu fosse uma atriz, posso fazer comédia e drama, filme ou novela", continua. Jane Duboc conta que a "fase do romantismo" a ajudou muito. Ela ia a programas de TV, suas músicas eram tocadas nas novelas e no rádio. "Na época do 'eu te amo', em que as letras eram mais simples, as pessoas cantavam junto", diz a cantora. Os primeiros discos, só com a MPB tradicional, não eram conhecidos do grande público. "No Brasil, infelizmente, é muito difícil a gente fazer música brasileira. As rádios cederam ao que vem de fora, a modismos", afirma. Por isso ela sai para uma turnê com o saxofonista Gerry Mulligan. Em março, se apresenta no Japão e depois nos Estados Unidos. No mês de maio, Duboc vai à Itália. A excursão inclui sua participação em alguns festivais de jazz. Nestes shows no exterior, ela vai cantar o repertório de "Paraíso", lançado em 1994 apenas em outros países. "Ir para fora foi ótimo. Lá, não é a novela que impõe o que vai fazer sucesso", afirma a cantora. O último disco de Jane Duboc lançado no Brasil foi "Partituras", em junho do ano passado. Texto Anterior: Paulistas gostam do rap falado Índice |
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