São Paulo, domingo, 21 de janeiro de 1996 |
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Celular vira salva-vidas e objeto de trabalho
AURELIANO BIANCARELLI
Descobriu-se que ele é capaz de apressar negócios, aproximar namorados, acudir doentes e até salvar vidas e patrimônios -além de permitir conversas e fofocas em (quase) qualquer lugar. O último caso ocorreu semana passada com o empresário Henrique Amaral. Três ladrões o atacaram em sua casa enquanto ele falava pelo celular com a mulher. A fila dos que esperam uma linha de celular tem 600 mil pessoas, só na Telesp. Previsões falam em 200 milhões de usuários no mundo até o ano 2000. Em São Paulo há, hoje, 425 mil celulares. A escassez ajudou a transformar o aparelho em símbolo de prestígio. "Mesmo que não queira, o cidadão que usa o celular em público comunica outra mensagem, a de que tem poder e é contemporâneo", diz Izidoro Blikstein, professor de semiótica da USP. Mas ele mesmo nota que os tempos estão mudando: "Até meu encanador já tem um." "A primeira vez que meu telefone tocou num shopping, me senti a própria mauricinha", diz a modelo Claudia Molliet. Hoje, seus contatos de trabalho são todos feitos pelo celular. LEIA MAIS Sobre os celulares na pág. 2 Próximo Texto: Usuário 'segue' ladrão e comunica acidentes Índice |
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