São Paulo, segunda-feira, 22 de janeiro de 1996
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Programas GIS riscam alfinetes do mapa

HEINAR MARACY
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A figura do funcionário espetando alfinetinhos em um grande mapa da cidade pode estar com os dias contados.
Nos últimos anos, os programas de GIS (Sistema de Informação Geográfica) evoluíram bastante, baixaram de preço e hoje são considerados fundamentais para áreas de vendas, marketing e logística de empresas de diversos setores.
Um programa de GIS é um mapa de uma cidade, região ou país dentro do computador, com atribuições de banco de dados.
O usuário pode entrar com dados sobre uma determinada região -valores como nível sócio-econômico da população, escolaridade ou características geográficas- e visualizar esses dados no mapa.
Com base nas análises dos mapas, empresas podem tomar decisões sobre a distribuição de seus produtos, a organização de locais de promoção, os pontos-de-venda ou a instalação de novas unidades.
Institutos de pesquisa utilizam esse tipo de software para visualizar geograficamente suas estatísticas. Partidos políticos podem usar o GIS para determinar áreas de influência e basear suas campanhas eleitorais.
No Brasil, há pelo menos dois programas de GIS. O "MapInfo" é distribuído pela Flair. Sua vantagem é possuir mapas de capitais brasileiras digitalizados, que chegam à precisão de numerar cada quadra de cada rua.
Entre os usuários estão empresas como Pirelli, Banco Sudameris e Itautec. Seu preço é R$ 2.200, em versões para PC, Macintosh e Unix. Os mapas variam de preço. O de São Paulo custa R$ 3.200.
O uso desse tipo de programa transformou um trabalho que demorava semanas em tarefa de poucas horas, segundo consultor de um grande banco que preferiu não se identificar e que utiliza o "MapInfo" para fazer planejamento de novas agências.
O programa permite cruzamento de dados como localização precisa dos concorrentes da empresa, zona de influência e nível econômico da população de determinada região da cidade.
Outro programa que atua nessa área é o "Aplagis", vendido no Brasil pela CI-Consultoria e Informática. Segundo o diretor da CI, Luiz Carlos Gomes, a principal diferença em relação ao "MapInfo" é estar mais centrado na parte de banco de dados do que na visualização gráfica. Entre seus principais clientes estão o IBGE, a White Martins e prefeituras do país.

ONDE SABER
MAIS FLAIR: tel. (011) 573-5877; CI-CONSULTORIA: tel. (021) 262-9459

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