São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 1996
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PMDB e PFL ficam divididos

LUCIO VAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os maiores partidos aliados do governo no Congresso, PMDB e PFL, estão divididos sobre a participação de ministros nas campanhas eleitorais.
Enquanto a cúpula do PMDB contestou Motta, afirmando que os ministros devem ficar fora da campanha, o líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), disse que seria "um absurdo" os ministros ficarem fora dos palanques.
O presidente nacional do PMDB, deputado Paes de Andrade (CE), disse que os ministros de FHC "vão encontrar uma mesa para despachos" quando subirem nos palanques.
"No pé do palanque, estarão recebendo listas de pedidos e reivindicações. Poderão recusar, mas sofrerão um grande constrangimento", acrescentou.
Inocêncio se diz completamente favorável à presença deles na campanha porque "fortalecem o processo eleitoral, os partidos políticos e a democracia. Além disso, vão tomar contato com um Brasil real, que não está nos gabinetes".
O líder do PFL afirmou que seria absurdo impedir que Gustavo Krause (Meio Ambiente e Recursos Hídricos) participasse da campanha em Pernambuco ou Motta em São Paulo.
O PMDB rejeita ministros em campanha porque os ministros tucanos são os que têm mais destaque no governo.
Além de Motta, José Serra (Planejamento) e Paulo Renato (Educação) atuam em áreas estratégicas. Já os peemedebistas Nelson Jobim (Justiça) e Odacir Klein (Transportes) contam com poucos recursos.

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