São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 1996
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EUA fazem homenagens aos mortos no Challenger

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Uma série de homenagens eram previstas para ontem e para hoje em honra dos sete astronautas que morreram na explosão do ônibus espacial americano Challenger há dez anos.
A Fundação em Memória dos Astronautas planejava uma cerimônia "simples, solene" no memorial do Centro Espacial Kennedy (Flórida) construído como homenagem aos astronautas.
Alex Bruce Jarvis, pai do astronauta do Challenger Greg Jarvis, foi escalado para falar.
Ao final da cerimônia, jatos T-38 fariam um vôo em formação de "homem desaparecido", seguido por 73 segundos de silêncio.
Na formação de "homem desaparecido", um dos jatos se separa dos demais, deixando um espaço vazio. O vôo do Challenger em 28 de janeiro de 1986 durou exatos 73 segundos até explodir.
Outras homenagens estavam previstas nos centros espaciais americanos e no estádio de Superbowl em Tempe (Arizona), antes da final do campeonato.
Jatos F-16 voariam sobre o estádio. Um dos pilotos era o capitão da Força Aérea Rich Scobee, filho do comandante do Challenger, Dick Scobee.
Em Concord (New Hampshire), onde ensinava a professora Christa McAuliffe, morta na explosão do ônibus espacial, o Planetário Christa McAuliffe ia inaugurar uma exposição permanente em homenagem à primeira professora astronauta dos EUA.
O nome Christa McAuliffe foi dado a pelo menos 28 escolas americanas. Na última sexta-feira, milhares de crianças pararam em silêncio em homenagem a McAuliffe às 11h38, hora do dia em que ocorreu a explosão.
As imagens do desastre foram levadas ao ar nos últimos dias em todas as redes de TV dos EUA.
"Uma década mais tarde, ainda estamos emocionados ao recordar os sete astronautas do Challenger e honramos seu extraordinário sacrifício", afirmou em comunicado o presidente Bill Clinton.
Investigação de cinco meses determinou que a Nasa (agência espacial dos EUA) ignorou advertências sobre os componentes ("O rings") que, congelados a temperaturas próximas de zero grau, causaram o acidente.
Funcionários da Nasa e da empresa Morton Thiokol, que fabricou os motores laterais, pediram demissão, mas ninguém foi responsabilizado pelo acidente.
Segundo outras investigações, a cabine com os astronautas teria permanecido intacta após a explosão. Mesmo afirmando que os sete morreram instantaneamente, a Nasa jamais divulgou gravações da cabine nos três minutos que ela levou para cair na água.

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