São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 1996 |
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Relatório não tem importância, diz Alencar
AZIZ FILHO
"Elas começam sob a égide da defesa do indivíduo e depois ficam no faccionismo, na necessidade de sobrevivência através de denúncias". Para ele, o Rio nunca vai ser uma "megacidade das tranquilidades". "Como não é Nova York, como não é Paris, não é nenhuma", disse Alencar. Para o governador, os casos de massacre no Rio "aconteceram pontualmente, não é uma política do governo". No Brasil, segundo ele, a União e os Estados estão preocupados com a violência e não fazem apologia nem facilitam o crime. "Isso aí é bom para o jornal, para as manchetes, essas coisas", disse. "Isso tudo é um jogo que precisa ser desmistificado", afirmou, sobre o relatório da Human Rights. "Eu não dou importância a isso. Tenho tradição na luta por direitos humanos". "Fiz parte de todos aqueles que, clandestinamente, denunciaram tortura no Brasil. Tive até de responder às desconfianças da ditadura. Era legítimo fazer isso, porque havia tortura", declarou. "A gente tem de parar com essas mentiras. Isso tudo é um jogo de fantasia. Devem se preocupar com o que ocorre na Sérvia", afirmou Alencar. "Aqui, devemos nos preocupar com os crimes, mas ninguém pode dizer que existe indiferença do poder". Segundo o governador, no "mundo inteiro" existe violência e corrupção da polícia. A Folha tentou falar com o procurador-geral de Justiça do Rio, Hamilton Carvalhido, e não conseguiu. Vanda, sua assessora de imprensa, prometeu telefonar para o jornal e não o fez. O mesmo ocorreu com a promotora Maria Inês Pimentel. A Justiça Militar também foi procurada e não se manifestou. Texto Anterior: Policiais ficam sem punição Próximo Texto: Tráfico movimenta US$ 1 mi por dia Índice |
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