São Paulo, quarta-feira, 31 de janeiro de 1996
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Chuva deixa 240 mil sem luz e pára trânsito

DA REPORTAGEM LOCAL

A forte chuva que atingiu São Paulo no final da tarde de ontem provocou vários pontos de alagamento nas zonas sul e leste, queda de pelo menos 60 árvores, falta de energia elétrica para 240 mil pessoas e um vendaval de quase 100km/h na região do aeroporto de Congonhas, que ficou fechado por cerca de uma hora.
Segundo dados do radar pluviométrico do CTH (Centro Tecnológico de Hidráulica) da USP (Universidade de São Paulo), na região sul da cidade chegou a chover quase 50 mm. Uma chuva de 30 mm é considerada forte. Na Vila Matilde (zona leste) e na região do Jabaquara (zona sul), choveu granizo.
A pancada de chuva durou pouco mais de 30 minutos e foi suficiente para causar um congestionamento de 107,3 km na cidade às 19h, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Por volta das 21h30, o tráfego ainda era lento em algumas avenidas.
Em Congonhas (zona sul), a chuva de granizo e o vendaval provocaram o fechamento do aeroporto e vários vôos sofreram atrasos (leia texto ao lado).
O córrego Água Espraiada, onde a prefeitura faz obras de canalização, voltou a transbordar.
A CET registrou vários pontos de alagamento. O ponto mais crítico era na avenida Ricardo Jafet e no complexo Maria Maluf. O trânsito ficou mais complicado por causa de falta de energia elétrica em semáforos e quedas de árvores.
A chuva derrubou um outdoor na rua Faxina, uma das saídas da avenida 23 de Maio. Nenhum acidente grave foi registrado.
Segundo a Defesa Civil Municipal, dez barracos foram levados pelas águas de um córrego na estrada das Lágrimas, no Ipiranga. Ninguém ficou ferido.
A Eletropaulo afirmou que as chuvas fortes foram responsáveis por problemas de falta de energia elétrica em 33 circuitos das zonas sul e leste da capital.
Cerca de 240 mil pessoas ficaram às escuras. A previsão era de que o fornecimento fosse restabelecido a partir das 22h de ontem.

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