São Paulo, quarta-feira, 31 de janeiro de 1996
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Frente pede novo incentivo ao Proálcool

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os produtores de álcool poderão ingressar na Justiça e mover ações indenizatórias contra o governo caso o Proálcool (Programa Nacional do Álcool) seja cancelado.
"Os produtores foram convidados a participar de um programa de governo e entraram com tudo. O governo precisa se definir logo para que os produtores tomem suas providências. Ou mudam de ramo ou entram na Justiça", disse o deputado Hélio Rosas(PMDB-SP), presidente da Frente Parlamentar Sucro-Alcooleira.
Para ele, "se a decisão for mesmo a de encerrar o programa, haverá um prejuízo muito grande e poderá haver uma avalanche de ações na Justiça".
Amanhã, uma representação da frente irá até ao Palácio do Planalto para cobrar uma definição do presidente Fernando Henrique Cardoso sobre o Proálcool.
A frente foi criada na semana passada e obteve de imediato a adesão de 77 deputados e oito senadores. Atualmente, segundo Rosas, o número de adesões já chega a 200 parlamentares.
"Não dá mais para o setor ficar à beira da falência e nessa indecisão toda. Pelo menos 70 das 346 usinas existentes no país já faliram e 200 mil trabalhadores foram demitidos nos últimos anos."
Segundo Rosas, o setor emprega diretamente 1,3 milhão de pessoas e 3 milhões indiretamente.
Rosas disse que o setor não vai pedir dinheiro e só quer que o governo viabilize novamente o programa. O setor, diz Rosas, quer que o governo "volte a incentivar o Proálcool, fixando o preço do álcool combustível novamente em 66% do preço da gasolina e diferencindo o valor do IPVA pago pelos proprietários de carros movidos a álcool".

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