São Paulo, quarta-feira, 31 de janeiro de 1996
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Ação franco-alemã visa criar empregos

VINICIUS TORRES FREIRE
DE PARIS

A França e a Alemanha anunciaram ontem, simultaneamente, planos para reaquecer suas economias e controlar seus déficits.
Os dois países tiveram que rever no final do ano passado suas previsões de crescimento econômico, por causa do desaquecimento inesperado da economia.
As medidas francesas, mais tímidas e emergenciais do que as alemãs, procuram essencialmente colocar as poupanças particulares no mercado, para estimular o consumo.
A taxa de remuneração da caderneta de poupança mais popular vai cair de 4,5% para 3,5% anuais. Quem tomar dinheiro emprestado para consumir terá direito a deduções fiscais.
Em compensação, o governo anunciou a criação de um novo sistema de poupança para jovens e pessoas de baixa renda com juros de 4,75% ao ano.
O pacote inclui também medidas fiscais para investimentos em habitação. Os pagamento de empréstimos para investimentos industriais também será facilitado.
Com o novo plano, o governo espera que a economia cresça 2% este ano. A previsão de economistas é de 1,5% para 96, depois de um 95 considerado fraco (2,5%).
Alemanha
Os alemães anunciaram um programa de longo prazo, de caráter liberal e duro no setor social.
O governo alemão vai dificultar as aposentadorias antecipadas, restringir o salário-desemprego e o reembolso das despesas médicas.
Apesar da necessidade de fazer caixa, o governo vai cobrar menos impostos das empresas, para estimular o investimento.
Vai tentar compensar a perda com o corte de vantagens fiscais. A Lufthansa, companhia aérea, e outras estatais serão privatizadas.
O programa prevê ainda uma reforma fiscal que será levada a cabo nos próximos três anos.

Com agências internacionais

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