| São Paulo, sábado, 5 de outubro de 1996 |
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PT triplica prefeituras e se fortalece para disputa estadual CARLOS ALBERTO DE SOUZA CARLOS ALBERTO DE SOUZA; LÉO GERCHMANN
LÉO GERCHMANN Além de ter conquistado o terceiro mandato consecutivo em Porto Alegre (RS), o PT deve fazer mais do que o triplo do número de prefeituras que detém atualmente no Rio Grande do Sul. O desempenho, o melhor entre os partidos no Estado, fortalece o PT para a disputa do governo gaúcho em 1998. Na última eleição, o candidato petista Olívio Dutra foi ao segundo turno e fez 45,38% dos votos, contra 49,58% de Antônio Britto (PMDB). O prefeito eleito de Porto Alegre, Raul Pont, disse que a polarização com os partidos que são sustentação política ao governo Britto (PMDB-PSDB-PPB-PFL) ocorrerá novamente, mas com uma diferença: o PT estará mais forte. Até ontem à tarde, o PT havia garantido 21 prefeituras, mas o diretório regional esperava resultado favorável em municípios onde a apuração estava em andamento. Em 92, o PT elegeu sete prefeitos. Os candidatos petistas foram para o segundo turno nos dois principais colégios eleitorais do interior: Caxias do Sul e Pelotas. Em Caxias do Sul, Pepe Vargas foi para o segundo turno com o ex-líder do governo FHC no Congresso, Germano Rigotto (PMDB), e desponta como favorito. Vargas deve receber o apoio do PDT, cujo candidato, Mário Grazziotin, ficou em terceiro lugar. Em Pelotas, o petista Fernando Marroni disputará o segundo turno com o ex-prefeito Anselmo Rodrigues (PDT). Pesquisas já realizadas visando ao segundo turno indicam vitória de Marroni. Outras vitórias expressivas são esperadas na região metropolitana de Porto Alegre, o que demonstra a irradiação do sucesso da administração petista na capital gaúcha. As cidades da região metropolitana onde o PT ganhava até ontem à tarde são Alvorada e Viamão. Em Esteio, outro município próximo de Porto Alegre, o PT deve chegar à prefeitura como vice na chapa encabeçada pelo PSB. A coligação com outros partidos, sem ser cabeça-de-chapa, ocorre ainda em outras cerca de dez cidades, onde as coligações integradas pelo PT têm chance de vitória. O futuro candidato do PT ao governo gaúcho deverá ser o ex-prefeito de Porto Alegre Olívio Dutra ou o atual, Tarso Genro. A formação de uma chapa entre os dois encontra dificuldades porque não quer ser candidato a vice-governador. Na festa da vitória de Raul Pont, anteontem, os militantes petistas gritaram: "Brasil urgente, Tarso presidente", aludindo à hipótese de Genro ser candidato à Presidência da República, também em 1998. O prefeito de Porto Alegre disse que considera o apoio dos militantes uma "homenagem". Texto Anterior: Martins aceita discutir neoliberalismo Próximo Texto: Taniguchi quer fazer 'ação de impacto' no 1º dia do mandato Índice |
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