São Paulo, terça-feira, 8 de outubro de 1996
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Datafolha acerta 87% dos resultados

Apuração confirma índices

DA REPORTAGEM LOCAL

A comparação das pesquisas eleitorais com os resultados saídos das urnas em 12 capitais mostra que os institutos tiveram um alto índice de acerto. O Datafolha, por exemplo, acertou 87% dos percentuais de 47 candidatos.
Como as pesquisas, em 11 das 12 cidades, foram feitas à véspera da eleição, os eventuais erros podem ser explicados, em parte, pelas variações dos candidatos no dia da eleição ou por um fato ocorrido após o encerramento das entrevistas que formam a pesquisa.
Belo Horizonte foi a capital onde as pesquisas ficaram mais distantes do resultado das urnas. Lá, o candidato do PSB, Célio de Castro, teve um crescimento acentuado na reta final, inclusive no dia da eleição, deixando desatualizadas as pesquisas de véspera.
Já em São Paulo, onde a comparação foi feita pelas pesquisas de boca-de-urna, o Datafolha cravou exatamente os resultados dos candidatos. O Ibope também acertou -levando-se em conta a margem de erro- todos os percentuais.
Não houve diferenças significativas entre os institutos no resultado global das cidades. Na comparação de candidato a candidato, o Datafolha leva pequenas vantagem.
Levando-se em conta as nove cidades onde Datafolha e Ibope fizeram pesquisas no mesmo dia, o primeiro esteve mais próximo do percentual final de 21 candidatos e o Ibope aproximou-se mais das taxas de 15 candidatos.
Mais do que os números em si, as tendências reveladas mostraram-se corretas. No caso de Belo Horizonte, o Datafolha antecipou na pesquisa do dia 27 de setembro que o segundo turno seria entre Célio de Castro e Amílcar Martins (PSDB). E na do dia 2, já indicava que Castro ultrapassara o tucano.
Em São Paulo, o Datafolha mostrou corretamente que Erundina nunca teve menos de 20%, indicando serem poucas as chances de ela ser ultrapassada por José Serra.

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