São Paulo, quarta-feira, 9 de outubro de 1996 |
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Palmeiras esquece 'sede de vingança'
ALEXANDRE GIMENEZ
O Bragantino foi o responsável pela eliminação do Palmeiras na Copa Conmebol, ao perder por 3 a 0. Na primeira partida da série entre as duas equipes, o Bragantino venceu por 5 a 1. Para os jogadores e a comissão técnica do Palmeiras o mais importante é recuperar a liderança do Campeonato Brasileiro. O time tem 26 pontos no campeonato e está na segunda colocação. O líder é o Cruzeiro, com 27 pontos. O time mineiro tem uma partida a mais que o Palmeiras. A situação do Bragantino é oposta. O time está na última colocação, com apenas cinco pontos, e é o maior candidato ao rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Para piorar a situação, o Bragantino enfrentou uma ameaça de greve nesta semana. Os jogadores do time reclamaram que os salários estavam atrasados. "Não existe revanchismo ou sentimento de vingança. Agora é o Brasileiro e temos que ganhar os três pontos, que são importantes para a classificação", disse o técnico Wanderley Luxemburgo. Os jogadores concordam com a posição do técnico. "A Conmebol passou. Temos que esquecer que fomos desclassificados e jogar para vencer, mesmo que por 1 a 0", disse o lateral-direito Cafu. O jogador, que é capitão do time, acha que a lição da desclassificação vai dar mais humildade para o grupo de atletas do Palmeiras. "Não existe essa de entrar em campo pensando que o jogo está ganho. Principalmente na situação atual do Bragantino", disse. O Palmeiras terá dois desfalques na partida de hoje. O meia Rincón está com a seleção colombiana, que disputa a eliminatória para a Copa de 98. O atacante Luizão está suspenso. Elivélton entra no meio-campo. Leonardo vai compor o ataque, ao lado de Viola. Solidariedade Os jogadores do Palmeiras afirmaram estar solidários com os atletas do Bragantino. "Eles são profissionais. No final de cada mês, eles têm o direito de receber os salários", disse Cafu. O jogador acha que os atletas do Bragantino deviam ser tratados com mais respeito pela diretoria do clube, "pois são cidadãos que têm responsabilidades e compromissos para cumprir". O zagueiro Cléber concorda com o lateral. "É um absurdo. Eles têm família para cuidar", disse. O meia Djalminha disse que não sabe se o adversário vai estar totalmente tranquilo para a partida de hoje. "É difícil ter tranquilidade quando o jogador está há três meses sem receber salário", disse. LEIA MAIS sobre o Campeonato Brasileiro na pág. 3-9 Próximo Texto: Luxemburgo critica CBF Índice |
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