São Paulo, sábado, 12 de outubro de 1996 |
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Greve prejudica abastecimento em SP
LUIZ ANTONIO CINTRA; SÉRGIO LÍRIO
Na maior parte deles, o estoque era suficiente para o final de semana e não havia previsão para a chegada de novas cargas. Segundo o Sindicam -sindicato que reúne os tanqueiros do Estado de São Paulo-, a adesão à paralisação foi de 95% da categoria, que conta com cerca de 3.000 profissionais na Grande São Paulo. Lideranças da categoria estavam reunidas ontem à noite em São Paulo. Até o fechamento desta edição, elas não haviam decidido sobre a continuidade da greve. Os tanqueiros querem alterar uma portaria do Ministério das Minas e Energia (MME) que permite aos postos transportar combustível em caminhões próprios ou de terceiros. Na avaliação do Sindicam, a portaria tem "brechas" que estariam sendo usadas por postos interessados em distribuir combustível para terceiros, cobrando por isso. O presidente do Sindicam, José de Araújo Silva, diz que pretende pedir ao MME que altere a portaria, deixando claro que não é permitido aos postos distribuir combustível para terceiros. O delegado do MME em São Paulo, Silvio Magalhães, disse ontem que, na sua avaliação, a portaria é "clara" ao proibir que os postos façam esse tipo de serviço. O texto da portaria, no entanto, não faz referência a esse fato. Menciona apenas que os postos podem "transportar combustíveis em caminhão-tanque próprio ou de terceiros". O MME vai reunir na próxima terça-feira as partes interessadas para discutir o caso. Além dos tanqueiros, devem participar os sindicatos dos donos de postos -Sincopetro-, das distribuidoras e das transportadoras. Problemas localizados Para o presidente do Sincopetro, José Alberto de Paiva Gouveia, a falta de combustível deve ficar restrita a apenas alguns postos. "Como o movimento no final de semana cai -e as distribuidoras vão continuar abertas-, não devemos ter maiores problemas." Ele avalia que a portaria permite aos postos transportar combustível para terceiros e inclusive cobrar por isso, desde que o posto seja também uma transportadora. Para Rubens Apovian, presidente da rede de postos Lavabem, os tanqueiros têm razão. "Alguns postos usam seus caminhões para fazer transporte para terceiros, o que me parece errado." (LUIZ ANTONIO CINTRA e SÉRGIO LÍRIO) Texto Anterior: Wall Street fecha semana em alta Próximo Texto: Centrais farão ato conjunto Índice |
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