São Paulo, terça-feira, 15 de outubro de 1996 |
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Atriz deve ter alta no fim-de-semana ROGÉRIO GENTILE* ROGÉRIO GENTILE; RICARDO FELTRIN
A modelo e atriz Cláudia Liz deverá deixar o hospital Albert Einstein, em São Paulo, no próximo final de semana, segundo seu marido, o publicitário Celso Loducca. O neurocirurgião Jorge Roberto Pagura não confirmou a informação. Procurada pela Folha, a equipe de Pagura -formada por mais três médicos- também não informou quando Cláudia terá alta. Boletim divulgado pela manhã informou que Cláudia, que entrou em coma semana passada após receber anestesia para fazer uma lipoaspiração, foi transferida para a Unidade de Terapia Semi-Intensiva na noite de anteontem. "A paciente está evoluindo sem intercorrências clínicas. Conversa e se alimenta normalmente. Senta na poltrona e caminha com o auxílio das enfermeiras. Seu prognóstico continua bom", dizia o boletim. Segundo o boletim, Cláudia não apresenta febre. A pressão arterial e o pulso estão normais, e o processo infeccioso respiratório está em franca regressão. A modelo está recebendo antibióticos e fazendo inalações e sessões de fisioterapia respiratória. Deus "Foi Deus. Não há outra explicação. Nós estávamos pessimistas, esperávamos ficar meses aqui. Mas, segundo os médicos, Cláudia poderá ter alta até o final da semana se continuar com esse ritmo de recuperação", disse o publicitário. "É como se ela tivesse passado por um parto. O parto dela mesma", declarou. Loducca disse que a modelo vai fazer novos exames durante a semana. "O estado atual dela na prática não bate com os exames feitos, que apontam que algumas células foram mortas." Loducca disse que Cláudia está um pouco fraca e não se lembra de alguns acontecimentos recentes, depois que saiu do coma. "Ela não lembra se um determinado fato aconteceu ontem ou domingo", afirmou. Ele diz, porém, que isso é normal. "Os médicos disseram que não tem nada a ver com a lesão. Isso ocorre porque ela tomou muito remédio." Justiça A família de Cláudia Liz ainda não decidiu se vai processar os médicos e a clínica Santé, onde seria realizada a lipoaspiração. "Não posso acusá-los de erro médico sem ter um parecer de especialistas. Mas considero um absurdo a clínica não ter me informado o estado em que ela se encontrava. Tenho certeza que, se a tivéssemos transferido com mais antecedência, ela estaria melhor." Loducca disse que o anestesista Francisco Minan Neto "esteve por duas ou três vezes no hospital de madrugada". "Ele tentou visitá-la. Pedi que o hospital não deixasse mais ele entrar." Loducca disse que o anestesista fez anotações nos prontuários médicos, baseado no que lhe foi informado pelas enfermeiras. "Acho que ele foi orientado por advogados." Próximo Texto: Atriz passeia no corredor Índice |
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