São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 1996 |
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Decisão pedetista satisfaz malufistas
CARLOS EDUARDO ALVES
No meio político de São Paulo, começou a circular o rumor que a negociação envolveria dinheiro. Maluf recuou, temendo a repercussão, e acertou com os pedetistas que a reunião de ontem optaria oficialmente pela neutralidade. O que interessava para Maluf era que o PDT não aderisse formalmente à Erundina. O temor era que a decisão influenciasse PSDB e PMDB e abrisse campo para a formação de uma frente suprapartidária de apoio à petista. Em nenhum momento, Maluf acreditou que Rossi e a maioria pedetista, de origem malufista, estivesse disposta a apoiar Erundina. O próprio Rossi estimulou as conversas com o PT para se cacifar na negociação com o PPB. Contou para isso com a ajuda de Barros Munhoz, pedetista que se elegeu prefeito de Itapira, que avisou o PPB que seu partido não estava satisfeito com os rumos da negociação com o malufismo. Munhoz disse a emissários de Maluf que a direção paulista do PDT estava sendo pressionada pela cúpula nacional da legenda dar o aval à petista e que, se a negociação com Maluf não fosse retomada, seria inevitável o apoio a Erundina. Maluf, temendo que uma decisão favorável a Erundina, substituiu o desprezo por Rossi por uma ágil negociação. Pitta, ausente em todo o processo de negociação entre PDT e PPB, comemorou a anunciada neutralidade dos pedetistas. "A decisão revela a vontade das bases do PDT", disse. Texto Anterior: PMDB apóia petista no 2º turno em Ribeirão; PT de São Bernardo pode defender o voto nulo Próximo Texto: Brizola quer apoio a PT Índice |
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