São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 1996
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Crianças discutem sobre terra

LAURA MATTOS
FREE-LANCE PARA A FOLHINHA

O Dia da Criança foi diferente para 400 meninos e meninas. Os sem-terrinha são filhos de trabalhadores do campo que lutam por um pedaço de terra para plantar (veja ao lado).
Eles estiveram em São Paulo para brincar e fazer reuniões importantes. Passaram três dias num clube da capital.
No Dia da Criança, fizeram teatro, cantaram músicas e dançaram. Muitas crianças nunca tinham visto uma piscina e puderam nadar pela primeira vez.
Atividade séria
Mas, no segundo dia, participaram de uma reunião para conversar sobre os problemas dos trabalhadores sem terra.
Nessa reunião escreveram um documento com reivindicações (mistura de pedido e reclamação).
Essas crianças sem terra moram acampadas com seus pais no interior do Estado de São Paulo. Geralmente, só têm aulas com professores que chegam lá e começam a ensinar ou com alguma pessoa do acampamento.
Por isso, no documento, pedem que as escolas dos acampamentos sejam legalizadas e que os professores recebam salários para dar aulas.
O último dia do encontro das crianças foi cansativo.
Os sem-terrinha fizeram uma passeata pelo centro de São Paulo e foram à secretaria da Educação para entregar o documento.

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