São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996 |
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Internet vai provocar guerra de contratações
DEL JONES
Com a revolução que a Internet está promovendo nas formas usadas por empresas e candidatos a empregos para entrar em contato uns com os outros, quem pode sair ganhando são os candidatos. Isso porque os profissionais podem divulgar suas qualificações pelo mundo afora -fica fácil para as empresas encontrá-los em seus nichos eletrônicos e convencê-los a abandonar companhias concorrentes e vir trabalhar para elas. É o caso de Richard Meyer, estudante da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (EUA). Ele não está procurando emprego ainda. Mas colocou seu currículo na rede para ver o que aconteceria. Ficou surpreso: pelo menos uma empresa de alta tecnologia entra em contato com ele por mês, oferecendo oportunidades atraentes. O surgimento da Internet já começa a modificar a relação entre patrões e empregados. Confiantes na possibilidade de terem mais oportunidades de emprego, os funcionários estão se tornando menos leais a suas empresas. Com isso, as empresas são pressionadas a fazer o que for preciso para deixar seus melhores funcionários contentes -aumentando salários, oferecendo benefícios e melhores oportunidades. "As empresas terão de pensar em maneiras criativas de conservar seus bons funcionários", avalia D. J. Chabra, gerente de tecnologia e sistemas de RH (recursos humanos) da Cisco Systems. "Ainda vamos assistir a uma guerra de contratações." A Boeing começou a receber currículos eletrônicos em seu site na World Wide Web no dia 8 de agosto. No dia seguinte, antes de começar a anunciar o novo método, já recebia os primeiros currículos por correio eletrônico. Até a cadeia de restaurantes Hooters of America já recebe via Internet 1% dos currículos. Tradução de Clara Allain. Texto Anterior: Quem está contratando Índice |
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