São Paulo, segunda-feira, 21 de outubro de 1996 |
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Ex-antro de prostituição vira moda Bairro ganha atrações FÁBIO SEIXAS
Hoje, o bairro concentra alguns dos bares e casas noturnas mais procurados por turistas e pela classe média do Recife. Casas como o recém-inaugurado Planeta Maluco atraem jovens recifenses às ruas do antes malvisto inferninho. Na primeira fase do projeto, a prefeitura contou com o apoio da Fundação Roberto Marinho e da fábrica de tintas Ypiranga, que cedeu material para a pintura dos antigos casarões. Outra fábrica de tintas, a Coral, foi parceira da prefeitura na restauração de antigos armazéns de açúcar ao longo do cais. Para atrair o interesse de empresários ao bairro, a prefeitura concede incentivos fiscais a quem se compromete a restaurar um casarão e implantar um negócio. O empreendedor recebe, por exemplo, isenção do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) por dez anos. Mas ela só é concedida após a aprovação das reformas, que serão vistoriadas por técnicos da administração municipal. Pelourinho "Estamos fazendo uma reforma muito mais profunda do que a do Pelourinho, em Salvador", diz Carlos Eduardo Pereira, secretário do Desenvolvimento Econômico, Turismo e Esportes do Recife. "Não estamos apenas pintando os casarões, mas criando negócios e oportunidades a empresários." Outros eventos também foram levados ao bairro, como o Festival Nacional de Seresta e a Feira de Artesanato do Bom Jesus. Segundo Murilo Cavalcanti, presidente da Associação dos Empresários do Bairro do Recife, 32 empreendimentos já foram instalados no local desde o início do trabalho de revitalização. "Nossa expectativa é chegar a 40 novos empreendimentos até o final do ano." O secretário Pereira diz aguardar o depósito de US$ 7 milhões, do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), para ampliar as reformas. Texto Anterior: Festa "abre" o verão na capital Próximo Texto: Praia concentra paquera, esporte e folia Índice |
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