São Paulo, terça-feira, 22 de outubro de 1996
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Professores do Mackenzie fazem greve

DA REPORTAGEM LOCAL

Os professores universitários do Instituto Mackenzie decidiram entrar em greve ontem à noite.
Todos os professores do turno noturno aderiram à paralisação, segundo o Sinpro (Sindicato dos Professores) de São Paulo.
Os professores reivindicam recomposição salarial e participação de 18% nos resultados financeiros.
Maria Sofia Aragão, do Sinpro, afirma que a universidade sabia da decisão da greve desde sexta-feira.
Os professores do 1º e 2º graus do Mackenzie mantêm a greve geral iniciada no dia 15. Cerca de 4.200 alunos estão sem aula.
Não houve acordo entre o Sinpro e a escola em audiência realizada ontem à tarde no TRT (Tribunal Regional do Trabalho).
O presidente do Sinpro, Luiz Antonio Barbagli, disse que a direção do Mackenzie "não apresentou proposta de conciliação nem possibilidade de negociação".
Segundo ele, os professores entraram em greve porque a instituição não quis repassar 18% da participação dos resultados financeiros, conforme estabelece a Convenção Coletiva de Trabalho.
Otoniel Garcia, diretor educacional do Mackenzie, disse que a instituição vai esperar a Justiça decidir a respeito da greve. Ele disse que a escola vai cumprir a lei e não vai atender o pedido de repasse.
Segundo ele, a medida provisória 1.487/23, de 2 de outubro, diz que instituições filantrópicas estão isentas de distribuir lucros. O Mackenzie não tem fins lucrativos.

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