São Paulo, quarta-feira, 23 de outubro de 1996 |
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Jovem é assassinado ao tentar fugir de DP
OTÁVIO CABRAL
O tiro foi disparado pelo investigador Maudiney Antônio de Jesus, 32, que trabalha no 85º DP. O acusado, identificado apenas como Zezé, tinha entre 17 e 19 anos e estava com o braço esquerdo algemado ao braço direito de outro suspeito quando foi baleado. "Com a mão direita, ele tirou a arma do carcereiro que o escoltava. Vendo o colega em perigo, o investigador deu um tiro para o alto", afirmou Paula Neto. "Como o preso não soltou o revólver, o investigador foi obrigado a atirar nele para salvar o carcereiro." O carcereiro em questão é Antônio Oliveira Marques, 34. O investigador e o carcereiro não quiseram dar declarações sobre a morte do preso. A seccional abriu inquérito para apurar se houve abuso do investigador na morte do preso. Durante o inquérito, ele vai continuar trabalhando normalmente. Enteados Zezé havia sido detido às 7h da manhã de ontem em uma favela na Vila Joaniza (zona sul) e teria confessado a participação no resgate dos presos. Outros três acusados de terem participado do resgate, todos eles menores, também foram presos: W.S.O., 15, C.L.S.O., 17, e G.S.S., 16. Os dois primeiros são enteados do assaltante de banco Edivânio Barbosa de Souza, o Índio, 29, que, segundo a polícia, foi o principal alvo do resgate. O delegado Paula Neto afirmou que W.S.O. e C.L.S.O. confessaram que planejaram o resgate com o objetivo de resgatar o padrasto. No barraco onde os quatro acusados foram presos, a polícia encontrou quatro revólveres e cerca de 100 gramas de maconha. Outras três pessoas estavam no barraco, mas não participaram do resgate: o pedreiro Rogério de Jesus, 19, e os menores D.V.M. e A.S.J.S., ambos de 16 anos. Rogério de Jesus foi detido por formação de quadrilha e tráfico de drogas. Os dois adolescentes foram levados ao SOS Criança. Uma mulher identificada por Simone, que seria a quinta participante do resgate, está foragida. Após a prisão dos acusados, a polícia foi à casa da mulher de Índio, Marinalva Nascimento de Souza, 37, e achou 450 gramas de crack. Ela foi presa junto com seu genro Gílson dos Santos, 26, que seria o dono da droga. Texto Anterior: Consumidor é vítima de erro da Sabesp Próximo Texto: DPs ganham vigilância Índice |
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