São Paulo, quarta-feira, 23 de outubro de 1996
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Chrysler vai ter fábrica no Paraná

Anúncio será feito hoje em SP

ASDRÚBAL FIGUEIRÓ
DO PAINEL

A fábrica da Chrysler no Brasil ficará no Paraná. O anúncio será feito hoje pelo presidente mundial da empresa, Roberto Lutz, no Salão Internacional do Automóvel, em São Paulo. O governador Jaime Lerner (PDT-PR) estará presente.
A unidade, que consumirá investimentos de US$ 315 milhões e criará 400 empregos diretos, vai ser construída na cidade de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba.
A fábrica da Chrysler era disputada também pelo Estado de São Paulo. Segundo fontes do governo paulista, os incentivos concedidos pelo Paraná foram maiores.
O governo federal chegou a estimular a ida da montadora para o Nordeste, como forma de contentar a bancada nordestina. A alternativa foi descartada pela Chrysler, por razões econômicas.
É a segunda fábrica de automóveis que anuncia instalação no Paraná. No mês que vem, a francesa Renault começa a construir sua unidade em São José dos Pinhais, também na região metropolitana de Curitiba.
Além dos incentivos, a proximidade do maior mercado consumidor nacional (São Paulo), da Argentina (onde a Chrysler tem outra fábrica) e a maior infra-estrutura da região foram razões decisivas na escolha pelo Estado.
A fábrica, que produzirá a picape Dodge Dakota, deve entrar em funcionamento a partir de 1998. A produção inicial é estimada em 12 mil unidades por ano, mas pode chegar a 40 mil unidades.
Motores a diesel
Além da fábrica da picape Dakota, a Chrysler trará para o Brasil uma fábrica da Detroit Diesel, que produzirá motores a diesel para equipar uma versão da Dakota e para exportação.
Segundo informações de revendedores da marca, o modelo deverá custar a partir de R$ 20 mil nas versões com motor a gasolina.
Lançada há pouco nos EUA, a Dakota concorrerá com as picapes Chevrolet S10 da GM e Ford Ranger, que será montada na Argentina e virá sem Imposto de Importação, graças ao Mercosul.
A Chrysler é a terceira maior montadora norte-americana. Ela já teve unidades produtivas no país entre 69 e 81, quando foi absorvida pela Volkswagen.
A montadora já está inscrita no regime automotivo brasileiro e poderá importar equipamentos e veículos prontos com desconto na alíquota do Imposto de Importação (de 70% por 35%, no caso dos veículos).

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