São Paulo, quinta-feira, 24 de outubro de 1996 |
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Conversa on line com ministro é sabotada
DANIELA FALCÃO
O bate-papo por correio eletrônico começou às 16h30 com 60 participantes. Às 16h45, já havia 300 usuários enviando perguntas ao mesmo tempo. A sobrecarga fez com que o sistema saísse de rede por cerca de cinco minutos. Paulo Renato respondeu a 16 perguntas sobre o provão -exame obrigatório que será aplicado no próximo dia 10 de novembro a cerca de 56 mil formandos em direito, engenharia civil e administração de todo o país. Pelo menos outras 300 perguntas deixaram de ser respondidas por falta de tempo. O ministro garantiu que todas as dúvidas serão sanadas nos próximos dias na home page (página) do provão na Internet. Pré-seleção As perguntas de ontem foram pré-selecionadas por uma equipe do MEC antes de serem repassadas para o ministro. Segundo Paulo Renato, foi necessário fazer a pré-seleção porque havia muitas perguntas repetidas. Por duas vezes durante a conversa o ministro ficou impossibilitado de responder às dúvidas, em função da interferência de usuários. Em vez de enviar as perguntas para os moderadores (a equipe que fazia a pré-seleção), eles insistiam em conversar diretamente com Paulo Renato. Esse mecanismo impedia que o ministro continuasse respondendo às perguntas de outros usuários. Para prosseguir com a conversa, foi preciso digitar um comando que bloqueava o acesso ao debate desses usuários. Segundo os moderadores, não houve nenhum caso de agressão verbal ao ministro. Muita gente não conseguiu sequer fazer perguntas. Foi o caso do deputado federal Lindberg Farias (PC do B-RJ). Outros usuários resolveram aproveitar a conversa com o ministro para protestar, identificando-se pelos nomes "Censura", "Presidente" ou "Nojento". Home page do provão: http://www.mec.gov.br/enc Texto Anterior: Soldado da Rota é afastado das ruas Próximo Texto: Paulo Renato critica boicote ao provão Índice |
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