São Paulo, quinta-feira, 24 de outubro de 1996 |
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Hugh Grant faz América
INÁCIO ARAUJO
O filme é de Chris Columbus, diretor de comédias que tem em seu currículo filmes como "Uma Babá quase Perfeita" ou "Esqueceram de Mim". Isto é, um especialista em transformar assuntos profundos (o fantasma infantil do abandono, a perda da guarda pelos pais) em produtos industriais para consumo rápido, a gosto das crianças. "Nove Meses" não escapa a essa norma: a possibilidade e o temor de ter sua vida abalada pelo nascimento de um filho estão na mesma ordem de preocupações. Se a inspiração é desigual, Columbus em linhas gerais entrega a mercadoria prometida. Talvez a decepção que o filme causa a certos espectadores se deva ao fato de Hugh Grant, o britânico galã de "Quatro Casamentos e um Funeral", estar em papel tipicamente hollywoodiano. Essa decepção é a ser repensada. Como o espanhol Antonio Banderas, existe um salto quando se passa para Hollywood. Os papéis são diferentes, assim como, em parte, a identidade. Hugh Grant será ou não será o novo Cary Grant (e o episódio envolvendo Divine Brown talvez interfira em seu futuro na América). Mas seu talento e a disponibilidade para encontrar seu lugar nos EUA estão no filme. Filme a ser visto sem compromisso, na tradição de Chris Columbus. (IA) Texto Anterior: Buemba! Mineiros caem no conto da Lady Di! Próximo Texto: 'Programa Livre' vai gravar na Argentina Índice |
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