São Paulo, sexta-feira, 25 de outubro de 1996
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Contribuição dos servidores é defendida por Mercadante

DA REPORTAGEM LOCAL

Luiza Erundina, e seu vice, Aloizio Mercadante, defenderam a decisão do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de cada um dos afiliados doar o equivalente a um dia de salário para a campanha da candidata do PT à prefeitura.
"A decisão foi tomada em assembléia, por unanimidade. Qual é o problema? A contribuição não é cobrada pelo sindicato, nem é compulsória", disse Mercadante.
"É adesão voluntária, individual, como a de outros cidadãos, que contribuem com a nossa campanha porque acreditam nela."
Segundo Mercadante, os servidores "estão vendo" que a campanha de Erundina está sem dinheiro "porque não tem rabo preso com os grandes interesses econômicos da cidade."
Erundina negou que a ajuda do sindicato vá ser trocada por "vantagens", caso seja eleita.
Disse que a única "vantagem" possível é "o respeito aos direitos do sindicato e o diálogo franco, aberto e permanente com ele".
A petista afirmou que adotará o contrato coletivo de trabalho para os servidores públicos. A população, segundo a candidata, "ajudará a pressionar, exigir e fiscalizar o desempenho dos funcionários".
Erundina agradeceu a contribuição "generosa" dos servidores, apesar do "salário tão pequeno e congelado há cerca de dois anos".
Erundina afirmou que demitirá funcionários, se isso for necessário: "Não acredito em máquina inchada, porque um governo com prioridades sociais terá sempre necessidade de recursos humanos. Em meu governo, demiti, sem alarde, mais de 600 funcionários, por irregularidades, corrupção. Todos tiveram direito de defesa".
A petista fez carreata ontem à tarde na zona norte, com a participação de 20 carros, incluindo os veículos da campanha.
Segundo Mercadante, secretários do governo Mário Covas formalizarão, hoje, apoio a Erundina. Entre eles estariam Emerson Kapaz, da Ciência e Tecnologia, Antonio Angarita, de governo, José da Silva Guedes, da Saúde, e Fábio Feldmann, do Meio Ambiente.

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