São Paulo, sábado, 26 de outubro de 1996
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Aliança racha direção do PT e prefeito

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

A crise do PT de Londrina (379 km ao norte de Curitiba) se aprofundou com a decisão tomada pela Executiva Municipal do partido de apoiar o candidato do PDT à Prefeitura de Londrina no segundo turno das eleições municipais.
A direção petista e o deputado federal Paulo Bernardo, candidato derrotado no primeiro turno, decidiram apoiar o pedetista Antônio Belinati.
O prefeito Luis Eduardo Cheida e um grupo de militantes ligados ao deputado federal Nédson Micheletti -derrotado por Bernardo nas prévias do partido- decidiram ontem pelo apoio ao candidato do PSDB, Luiz Carlos Hauly.
Micheletti, presidente estadual interino do PT, disse que o apoio decidido pela Executiva a Belinati "não reflete a posição do partido".
Segundo ele, a reunião da direção municipal que decidiu pelo apoio ao PDT "não teve quórum e contraria determinação da Executiva Nacional, que recomenda plenárias dos diretórios municipais para aprovar apoios no segundo turno".
O presidente do PT de Londrina, Celso Costa -ligado ao candidato derrotado Paulo Bernardo-, disse que o apoio ao PDT se deu "pela afinidade dos dois partidos em nível nacional".
Costa negou irregularidades na reunião da Executiva. "Foi legal, e o Diretório Nacional já foi comunicado da decisão."
O racha do partido em Londrina começou antes mesmo do lançamento da candidatura de Bernardo, que ficou em último lugar no primeiro turno.
O prefeito Luis Eduardo Cheida, que apoiava Micheletti na prévia petista, decidiu não apoiar o candidato do partido e fez campanha para o tucano Luiz Carlos Hauly.

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