São Paulo, domingo, 27 de outubro de 1996 |
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Pagura afirma que não houve erro
JAIRO BOUER
Havia risco de a modelo sofrer algum tipo de deficiência visual por uma possível lesão na região occipital do seu cérebro. Em entrevista à Folha na última quarta-feira, Jorge Roberto Pagura, chefe da equipe que cuidou da atriz durante sua internação no Hospital Israelita Albert Einstein, explicou que Cláudia fez duas ressonâncias magnéticas no hospital, com resultados absolutamente normais. Não foi detectada nenhuma imagem que mostrasse uma lesão estrutural no seu cérebro. No entanto, uma espectroscopia sugeriu um possível comprometimento da região occipital. O exame mostrou excesso de lactato na região -o que apontava para uma possível hipóxia (falta de suprimento adequado de oxigênio para o cérebro). Outro dado da espectroscopia mostrava diminuição da substância NAA -que indica disfunção dos neurônios. "A soma do quadro clínico, da história da falta de oxigenação, dos resultados da espectroscopia e dos outros exames realizados apontavam que havia ocorrido algum sofrimento cerebral, principalmente na região occipital", diz Pagura. "Não houve erro nos exames. Naquele momento não se podia prever o que ia acontecer. A modelo poderia se recuperar totalmente, ter uma pequena alteração visual ou até mesmo ficar cega. Por isso, era importante observar a evolução clínica e repetir o exame em alguns dias", afirma. Segundo Pagura, os exames de imagem disponíveis hoje oferecem ampla credibilidade. (JB) Texto Anterior: Conheça o arsenal de exames para avaliar problemas no cérebro Próximo Texto: África tem epidemia causada por Ébola; Vacina dá proteção contra febre; PIS pode ser sacado para tratar tumor; Instituto lança CD-ROM sobre serpentes; Hospital faz curso de urgências ortopédicas; Pesquisa sobre HIV no Brasil dará prêmio; Doenças da retina têm jornada de atualização Índice |
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