São Paulo, domingo, 27 de outubro de 1996
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Fora de sintonia; Melhor termômetro; Queimando os navios; Questão de sobrevivência; Roendo as unhas; Bolsas brasileiras caem; Sem replay; Caiu a ficha; Passando o chapéu; Por precaução; Espelho meu; Batendo o martelo; Capacidade ociosa; Evitando o drible; Conhecimento de causa; Clube fechado; "Made in Brazil"; Fazendo água; De turma

DE TURMA

Fora de sintonia
Para consultores, sozinho, o ritmo da economia não consegue explicar o crescimento das importações -que andam mais rápido. Há um processo de substituição de produção local por importados.

Melhor termômetro
O tamanho da substituição, conhecida por "canibalização industrial", é indicado pelas importações de bens intermediários -e não de consumo final.

Queimando os navios
É maior a participação dos importados em toda a cadeia produtiva, diz Horácio Piva, da Fiesp. "É uma situação sem volta, o preço do salto que precisamos dar."

Questão de sobrevivência
Para Piva, a indústria de componentes nacional precisa se adaptar para se tornar "world class". Caso contrário, desaparece.

Roendo as unhas
Para o mercado financeiro, o governo está em compasso de espera. Se 96 fechar com déficit comercial de até US$ 4 bilhões, puxa o freio; se o déficit ficar maior, o câmbio deve ser revisto.

Bolsas brasileiras caem
0,6%
para cada ponto de alta do título de 30 anos dos EUA, diz a Salomon Brothers

Sem replay
Bernd H. Heucke, diretor da divisão internacional do Dresdner Bank, não acredita em análise do tipo Dornbusch. "Não há risco de o país repetir o México."

Caiu a ficha
A inadimplência de pessoas físicas foi a principal responsável pelo prejuízo de US$ 35 milhões nos negócios com cartão de crédito da AT&T no terceiro trimestre.

Passando o chapéu
Quem paga o custo de quem não paga suas contas em dia é justamente quem paga em dia. As taxas de juros cobradas garantem.

Por precaução
O Banco Panamericano cobra 10% ao mês no crédito pessoal. 4,8 pontos percentuais ficam por conta da inadimplência.

Espelho meu
Pesquisa feita em Chicago, com mulheres de 18 a 40 anos, mostra que 77% consideram que o excesso de peso é uma barreira ao sucesso profissional, segundo o "The Wall Street Journal".

Batendo o martelo
Está definido: sem acordo entre as partes, o governo fixa em 7,2% a alíquota para as importações de autopeças. A medida vigora a partir de 1º de novembro.

Capacidade ociosa
O Brasil, hoje, dispõe de todos os instrumentos legais e infra-estrutura necessários para sua defesa comercial, diz Synésio Batista da Costa, da Abrinq. "Os empresários é que não sabem usar."

Evitando o drible
Para Costa, o processo de salvaguarda comercial é o mais eficaz. "No caso do dumping ou do subsídio, se impõe restrições à indústria de um só país, que pode escapar exportando de país vizinho."

Conhecimento de causa
Costa diz que só há 30 processos de defesa comercial em andamento no país. "Se houver provas, a resolução é rápida. O governo tem 90 dias para abrir investigações."

Clube fechado
O setor de café solúvel é concentrado. Cacique, Cocam, Iguaçu, Macsol, Nestlé, Real Café e Vigor são responsáveis por 94% da capacidade instalada, diz estudo de Ruy de Quadros Carvalho.

"Made in Brazil"
Segundo perfil da indústria de café solúvel, preparado para a associação do setor, as sete principais empresas obtiveram com a exportação, em média, 83% do faturamento entre 1989 e 95.

Fazendo água
Foram 20 minutos de discussão. Metalúrgicos da Força Sindical e as montadoras debateram o fornecimento obrigatório ou não de água potável a operários.

A Força Sindical está levando de 40 a 50 metalúrgicos para as negociações formais do dissídio. "É uma festa. Os empresários não dão aumento salarial nenhum mas a gente se diverte", diz Paulinho.

E-mail:±painelsa@uol.com.br

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