São Paulo, domingo, 27 de outubro de 1996
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Imóvel muda com a família

DA REPORTAGEM LOCAL

Se como recurso de marketing as plantas flexíveis têm inegável apelo, alguns arquitetos vêem nelas uma chance de melhorar a qualidade de vida dos moradores.
A lógica é a seguinte: os prazos de pagamento estão cada vez mais longos. Portanto, isso deve prender os moradores por períodos cada vez maiores dentro do imóvel.
Por outro lado, as famílias vivem em constante transformação, que as moradias devem estar aptas a acompanhar. Além disso, os imóveis ficam cada vez menores.
Assim, por exemplo, um apartamento de três dormitórios dentro de 100 m2 pode ser muito adequado para um casal com três filhos.
Mas, depois que os filhos vão embora de casa, não há por que o casal continuar vivendo apertado. Portanto, deve poder derrubar paredes, aumentando as áreas sociais e de estar ou seu próprio quarto.
"O morador já vive enclausurado. Em um imóvel inflexível, a qualidade de vida piora muito", diz o arquiteto José Lucena.
Há também o desejo das pessoas de morar em um imóvel com características próprias. "Quem mora em lugares iguais é pombo", diz o arquiteto Ubertello Bulgarini, que investe na possibilidade de ter casas personalizadas para o setor da habitação popular.
Ele criou um sistema que divide a planta do imóvel em módulos, que facilitam a pré-produção de materiais construtivos. Segundo Bulgarini, tal modelo diminui os custos e permite ao comprador montar o seu interior da forma que desejar.

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