São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 1996
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Estado debate verba do ensino

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A discussão que ocorre todo ano nesta época em torno da parcela do orçamento do Estado de São Paulo que vai para a educação tem dois complicadores, no caso de 97.
Primeiro, o fim do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre exportações e, segundo, a exigência de um deputado de que o Estado cumpra uma legislação que nunca foi seguida.
O fim do ICMS sobre exportações deve significar uma arrecadação a menos em 97 de cerca de 1 bilhão para os governos estadual e municipais paulistas.
Está provocando grande movimentação nas universidades estaduais (USP, Unesp e Unicamp), cujo orçamento é de 9,57% da arrecadação do ICMS.
"Queremos garantir que o dinheiro que o Estado receber da União, como compensação pela perda do ICMS, também vá, na mesma proporção, para as universidades", afirma o reitor da Unesp, Arthur Roquete de Macedo.
Emenda nesse sentido foi apresentada ao projeto de orçamento do governo, que deve ir à votação até o final de novembro.
O deputado Cesar Callegari (PMDB), por sua vez, afirma que o governo não está contabilizando o dinheiro proveniente de multas, atrasos e parcelamentos do ICMS para calcular recursos do ensino.
O governo diz que esse dinheiro não é um imposto e, assim, não entra no cálculo. O valor a menos para a área é de R$ 197 milhões.

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