São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 1996
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Aluno pode ter bip contra violência

VICTOR AGOSTINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os universitários paulistanos poderão passar a usar colares ou chaveiros eletrônicos que indicariam, noite e dia, sua localização, dentro de uma área de 6 km2 ao redor da faculdade.
Em caso de emergência, como assalto, sequestro ou estupro nos arredores da universidade, os alunos acionariam o bip, e a segurança da faculdade teria como achá-los e chamar a polícia.
Os bips, que custam R$ 39, seriam cobrados dos alunos. Quando o aluno terminar o curso, a faculdade compraria o bip de volta.
Esta e outras propostas para diminuir a violência nas instituições de ensino vão ser discutidas hoje durante reunião do Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo), entidade que reúne 200 filiados.
"As instituições de ensino precisam sair de seus castelos, parar de olhar só para seus umbigos."
Entre os pontos que serão discutidos, está a parceria com a Secretaria da Segurança Pública para custear uma atuação mais intensiva da polícia nos arredores das faculdades.
O Secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, espera a formalização de uma proposta para se manifestar.
Além da parceria com a secretaria, a reunião vai propor formas de melhorar a ronda em volta das escolas por seguranças contratados.
Primeiro, esses agentes receberiam uniformes. Depois, seria desenvolvida a ronda eletrônica, ou seja, a cada 100 metros no perímetro da escola haveria um sensor a ser acionado pelo agente em um tempo previamente determinado. Se o sensor não for acionado, a central saberá que está havendo algum problema.
Esta metodologia não elimina exatamente a possibilidade de assalto, mas garante que a ronda seja bem feita.
Outra forma de evitar a presença de "pessoas estranhas" ao redor das faculdades, segundo Rodrigues, é criar cooperativas de guardadores de carros.
Os guardadores seriam credenciados, identificados, teriam, em tese, um compromisso com a instituição e funcionariam também como reforço na segurança.
As instituições de ensino pretendem ainda incentivar a formação de comissões de alunos para discutir maneiras de diminuir a violência.
Outra medida a ser incentivada nas faculdades são palestras sobre drogas, segurança e, até, defesa pessoal.

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