São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 1996
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Furacão e pistola

JUCA KFOURI

Uma comparação entre Ronaldinho e Pelé é inevitável, verdadeira e inofensiva: como o Rei, o equilíbrio do moleque é impressionante.
Ninguém o derruba quando parte em suas arrancadas fulminantes.
Um furacão.
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A "Domingueira" de Marcos Augusto Gonçalves foi ao ponto. Nada politicamente correta, mas perfeitamente compreensível, é a sua proposta para acabar com a reacionária, corrupta e corrompedora estrutura de poder no futebol brasileiro, incluindo "boa parte da chamada 'crônica esportiva', que ganha dinheiro extrajornalismo com empresas de atravessamento de jogadores e vive a bajular dirigentes com o propósito de obter vantagens e evitar mudanças." Ei-la, vale repetir:
"Um déspota esclarecido! Um Fujimori de chuteiras, que seja!".
Que seja!
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Não era "quase impossível", como aqui escrito no sábado, a missão do São Paulo em Salvador. Era impossível mesmo.
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Idem ibidem em relação ao desafio do Sport em Curitiba. O Atlético-PR anda demais. O que o rubro-negro pernambucano não contava, nem ninguém, era com a derrota também em Bragança Paulista. Complicou-se.
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Já o Atlético-MG não deixou por menos. Tornou ainda mais pálidas as vãs esperanças do bi botafoguense. E em grande estilo.
Nona mia!
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Justiça seja feita, aliás, e sempre, ao técnico Eduardo Amorim, erradamente demitido do Corinthians e brilhando no Galo: o único jogador que ele pediu no Parque São Jorge foi Mirandinha.
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Cem gols de Túlio em Campeonatos Brasileiros. Sem festa. Cem jogos de Romário pelo Flamengo. Sem condição.
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O primeiro tempo entre Corinthians e Santos deveria ter sido proibido para menores. Horripilante!
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O segundo tempo deveria ter sido proibido para maiores. Exasperante!
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Que a vida do Cruzeiro não seria fácil em Goiânia era previsível. Mas que Dill mantivesse a sua campanha para se tornar o novo Túlio, fazendo gols sobre gols, foi surpreendente. Dill-Dillinger, pistola, em inglês, de matador. Perdão.

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