São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 1996 |
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Programa noturno é ver cobras e micos
JULIANA GARÇON
Depois de zanzar pela praça da cidade, sempre tomando cuidado com a carteira, sente-se em um dos cafés que a rodeiam e peça a bebida típica da região -chá de menta. Se você costuma tomar cafezinho em padarias, não vai estranhar o copo tipo americano. A ausência de xícaras não é o detalhe mais notável do chá marroquino. O mais curioso é a menta fresca -com folhas, caule e até alguma terra- que ocupa quase metade do copo. Outra possibilidade são os sucos de laranja -bem baratos. Uma ressalva: cafés e bares na praça são para grupos ou homens. Uma mulher sentada sozinha não precisa esperar muito pela primeira abordagem de homens, com proposta sexuais, explícitas ou não, em busca de companhia. Moscas e insetos A Medina não é o lugar ideal para comprar um pãozinho com manteiga para o lanche da tarde. Nos armazéns, infestados de moscas, os balconistas pegam a comida com a mão, sem luvas ou pegadores, e a colocam diretamente sobre o balcão. Nos açougues dessa região não há refrigeração. A carne vai sendo vendida ao longo do dia e, espera-se, acaba à noitinha. No bairro rico é possível encontrar estabelecimentos bem mais afeitos à higiene. Ainda assim, o mais sensato é comer nos restaurantes dos grandes hotéis. Tente a sopa de ervilhas e os pratos à base de grão-de-bico. Texto Anterior: PACOTES PARA MARROCOS Próximo Texto: Pechincha é a regra local Índice |
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