São Paulo, quinta-feira, 31 de outubro de 1996 |
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Ministro rebate críticas on line
CRIS GUTKOSKI
Usuários da Internet que se apresentaram no chat como representantes da UNE (União Nacional dos Estudantes) conclamaram os formandos a boicotar o exame, entregando a prova em branco. "Pela lei, todos os alunos devem fazer a prova", respondeu o ministro. "Os que eventualmente entregarem em branco terão certificado com nota zero, mas não serão prejudicados pessoalmente, pois receberão o diploma." A principal preocupação dos participantes do bate-papo era quanto ao impacto da nota obtida pelo aluno no Provão no seu ingresso no mercado de trabalho. "E se os empregadores pedirem o resultado do provão?", quis saber um estudante. O ministro respondeu que o mercado de trabalho já discrimina hoje as faculdades ruins. "Não é o provão que vai criar essa discriminação", disse Paulo Renato Souza. "Ao contrário, vai estimular as faculdades a melhorarem", completou o ministro. Os participantes também propuseram outras formas de avaliar a qualidade dos cursos. "Senhor ministro, por que o MEC não cria uma avaliação para os professores?", indagou um participante. O ministro descartou a idéia. "Um professor pode ser bem formado e ensinar mal. Além disso, em geral, os professores melhor formados não estão na graduação, mas somente na pós-graduação", disse Souza. "O que me parece uma política errada de parte das universidades. Com isso, uma avaliação do professor não me diz nada da qualidade do curso", completou o ministro. A íntegra da conversa estará disponível a partir de sexta-feira -no endereço http://www.mec.gov.br/enc- do site do Ministério da Educação. Texto Anterior: Nota de reitores critica o provão do MEC Próximo Texto: Ministério estima que 20% não farão o exame Índice |
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