São Paulo, quinta-feira, 31 de outubro de 1996
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Atlético-PR retorna à elite como azarão

MÔNICA SANTANNA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Depois de ficar cinco anos ausente da primeira divisão do futebol brasileiro, o Atlético-PR está surpreendendo os adversários e é considerado um azarão no atual Campeonato Brasileiro.
O time divide a quarta colocação na classificação geral com o Atlético-MG e tem o terceiro melhor ataque de todo o campeonato.
"Esperamos a classificação e vamos encará-la com o mesmo espírito de luta, determinação e seriedade dos últimos meses", afirmou o presidente do clube, Mário Celso Petraglia.
O dirigente atribui o sucesso de sua equipe a um bom planejamento de trabalho e às contratações acertadas da comissão técnica e de jogadores para esta temporada.
"Mantivemos na equipe os jogadores que colocaram o time novamente na primeira divisão e contratamos apenas cinco jogadores", afirmou Petraglia.
Sem revelar os valores, ele afirmou que essa formação custou "muito pouco".
Reforços
Os novos contratados foram os poloneses Nowak e Pierkaski, além dos atletas Alberto, Jorge Luiz e Branco.
Para dirigir a equipe, Petraglia trouxe o ex-técnico da seleção brasileira Evaristo Macedo, que, neste momento, está tentando controlar o entusiasmo de sua equipe.
"A responsabilidade é a mesma do início do campeonato. Não tem classificação assegurada", disse o treinador.
"A classificação é matemática. Por isso, temos de correr atrás dos pontos que faltam", acrescentou Macedo.
O técnico declarou que sua equipe está equilibrada, mas não vê nenhum segredo nisso.
"Temos tido os mesmos problemas das outras equipes que disputam o Brasileiro, como as contusões e as suspensões por causa de cartões, mas a formação técnica de todos está excelente", disse ele.
Gestão
Segundo Macedo, o Atlético-PR é administrado de forma empresarial e isso tem ajudado seu trabalho. "Eu discuto as idéias com a diretoria, mas tenho liberdade para fazer o que quero sem qualquer tipo de interferência."
Para ele, essa forma de trabalho facilita a relação com os atletas, que passam a ter confiança plena no técnico. "Os jogadores sabem que as decisões são tomadas por mim", afirmou.
Macedo disse que não tem surpresa reservada para os próximos jogos. Ele afirmou que considera todas as partidas difíceis e decisivas. "Não vou jogar atrás, me defendendo. Considero essa atitude uma covardia, e isso refletiria na equipe. Se eu estou ganhando, quero ganhar mais", declarou.

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