São Paulo, sexta-feira, 1 de novembro de 1996 |
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Seção Cinemateca é destaque
DO ENVIADO ESPECIAL Se a mostra competitiva até agora não decolou, a seção Cinemateca começou em alto estilo, com a apresentação de "Depois Eu Conto" (1956, de José Carlos Burle) e "Fome de Amor" (1968, de Nelson Pereira dos Santos), no cine Brasília.O ciclo faz parte de um lote de 33 filmes que a Cinemateca Brasileira está restaurando. Desses, 12 já estão prontos e seis têm sua primeira exibição no festival. "Depois Eu Conto" traz comediantes de primeira (Grande Otelo, Dercy Gonçalves, Zé Trindade, Ankito) e gags verbais espertíssimas. A parte musical é a lástima de quase sempre nas chanchadas. "Fome de Amor" conserva a audácia de linguagem do passado, mas ganha algo com o tempo: percebe-se que Nelson Pereira já percebia, em pleno 68, o estado falimentar das propostas de revolução, devido a dois motivos: 1) os revolucionários; 2) o povo. É uma pena que os filmes em 16 mm recuperados pela Cinemateca do MAM (Rio) passem no Hotel Nacional, simultaneamente, o que torna impossível seguir os dois programas, importantíssimos. Texto Anterior: Novos filmes ameaçam "renascimento do cinema brasileiro" Próximo Texto: Cineasta Marcel Carné morre aos 90 Índice |
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