São Paulo, domingo, 3 de novembro de 1996
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Setor de máquinas está fraco

DO ENVIADO ESPECIAL A ORLÂNDIA

O setor de máquinas e implementos agrícolas deve ser um dos últimos a apresentar um crescimento mais acentuado na região de Ribeirão Preto.
A avaliação é de Walther Bordignon Filho, 42, agricultor e dono de duas revendas de veículos e de quatro revendas de tratores em Orlândia e cidades vizinhas.
Segundo ele, as quatro revendas Massey Ferguson que possui devem vender neste ano cerca de 120 tratores. Há dois atrás, vendia mais de 300 unidades.
"Hoje os agricultores estão aproveitando a melhora na renda para pagar parte de suas dívidas e não para fazer investimento."
Conservador para avaliar o aquecimento da economia da região, o empresário, no entanto, está otimista com relação a 97. E tem a sua tese sobre as idas e vindas da agricultura da região.
"Corre uma história antiga de que em cada cinco anos a agricultura tem dois ruins. Acho que estamos no último dos ruins", avalia.
Ele diz ainda acreditar que a partir de 97 o setor deve voltar a apresentar bons resultados, invertendo a tendência das últimas safras.
Bordignon Filho tem também a sua tese sobre o processo de securitização da dívida agrícola, patrocinada pelo governo federal.
Para ele, o governo não está fazendo nada além de devolver o que foi tirado dos agricultores nos últimos anos, quando a TR (Taxa Referencial), que atualizava as dívidas, andava muito mais rápido que o preço ao produtor.

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