São Paulo, domingo, 3 de novembro de 1996
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Nos EUA, taxa de juros é mais baixa

Norte-americano obtém crédito facilmente

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma olhada no sistema de financiamento para a compra da casa própria nos EUA é suficiente para constatar o quanto o Brasil ainda está atrasado nesse setor.
Lá, a oferta de financiamentos é variada. Um dos tipos mais utilizados, por exemplo, são os que utilizam os próprios imóveis comprados como garantia de pagamento.
A gama de empresas que oferecem os empréstimos é grande, o que as incentiva a oferecerem taxas de juros diferenciadas para atrair mais clientes.
Taxas à escolha
Os empréstimos que se valem da hipoteca do imóvel como garantia apresentam, de modo geral, duas modalidades de juros (a fixa e a ajustável) e têm prazos que variam entre 10 e 30 anos.
O comprador precisa pagar como entrada do imóvel de 10% a 20% de seu valor, podendo financiar o restante nos termos que melhor lhe convierem.
Alguns tipos de compradores, como ex-combatentes do exército americano, possuem condições mais vantajosas.
Os financiamentos com taxas de juros fixas são um pouco mais caros. As prestações aumentam até 8,5% ao ano. Mas, em um empréstimo de 30 anos, por exemplo, ficarão sempre nesse patamar.
Já os que têm juros ajustáveis, em geral, estão contratando com taxas de 6,5% ao ano, mas elas podem subir ou descer, de acordo com um indexador definido pelo agente que concede o empréstimo.
Variações regionais
Além disso, os juros podem variar de acordo com a região onde feita a operação.
Na Flórida, cujo mercado imobiliário atrai cada vez mais investidores brasileiros, a taxa média para empréstimos com 15 anos de prazo e juros fixos, por exemplo, é de 7,219% ao ano. Já empréstimos cujos juros variam anualmente possuem, no mesmo Estado, uma taxa média de 5,25%.
Para ver as diferenças que a abundância de oferta proporciona, pode-se tomar o exemplo de quatro empresas que fazem empréstimos de 15 anos com taxas fixas na Flórida.
A Countryard e a Heartland cobram juros de 7,5% ao ano; a Appex, de 7,125%; a American Finance & Investment, de 6,75%.
Fora isso, há financiamentos com taxas mistas, que, por exemplo, podem iniciar com taxas de juros fixas e mais baixas, por um período limitado de tempo, para facilitar a compra. Depois, os contratos prevêem o seu aumento.
Enfim, não há correção monetária. No Brasil, em geral, a TR (taxa referencial de juros, com variação mensal) reajusta as prestações.

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