São Paulo, terça-feira, 5 de novembro de 1996
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Piloto não sabia por que turbina parou

DA REDAÇÃO

O comandante do Fokker-100 da TAM sabia que havia um problema na turbina direita, mas possivelmente não sabia qual a causa desse problema.
Até agora, a abertura do reverso, espécie de "freio" da turbina, é apontada como a mais provável causa do acidente.
A abertura do reverso faria com que a turbina desligasse. José Antonio Moreno tentou religá-la três vezes. Não há, no painel do Fokker, sinal que avise o piloto sobre o acionamento indevido do reverso.
"Nós vamos sair dessa", diz Moreno na gravação obtida pela Folha. O co-piloto havia comandado a decolagem. "Passa pra mim", disse o piloto, logo depois.
Antes do "Meu Deus!", e depois de três tentativas frustradas de fazer a turbina funcionar, Moreno ainda disse "Vai dar, vai dar".
A caixa-preta que contém os registros técnicos do vôo começou a ser decodificada ontem, em Seattle (EUA). A gravação com as vozes deve ser levada para Washington.
A análise do registro dos equipamentos pode solucionar o maior mistério até agora: o que teria provocado a abertura do reverso.
Como ainda há possibilidade de ter havido interferência de um celular, o presidente FHC resolveu pedir a proibição de aparelhos desse tipo em aviões. Eles seriam recolhidos e só devolvidos após o vôo.

LEIA MAIS sobre o acidente aéreo nas pág. 2 a 5

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