São Paulo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996 |
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Governo quer a privatização de bancos
SÔNIA MOSSRI
Isso começará a ser negociado entre governadores e Congresso com o novo diretor do Banco Central, Paolo Enrico Zaghen, para a dívida mobiliária e instituições financeiras estaduais. Zaghen ainda não tomou posse oficialmente no cargo, porque sua nomeação ainda depende de aprovação pelo Senado. No próximo dia 20, ele será ouvido pela Comissão de Assuntos Econômicos. Antes disso, ele já começou a conversar com a comissão especial do Senado encarregada de elaborar uma nova proposta para o refinanciamento da dívida mobiliária estadual (R$ 48 bilhões) com base em sugestões já encaminhadas por governadores. A dívida total dos Estados está estimada em aproximadamente R$ 100 bilhões. Zaghen reuniu-se no início da noite de ontem com o relator da proposta, o senador Carlos Bezerra (PMDB-MT). Tarefa difícil O PMDB e o PFL já fecharam um acordo para negociar com o governo as mesmas condições de refinanciamento da dívida mobiliária estadual concedidas aos bancos credores internacionais -prazo de 30 anos e 6% de juros. Zaghen disse que só conversará com a imprensa sobre as negociações com os Estados após a aprovação do seu nome pelo Senado. Ele afirmou que terá uma "tarefa difícil" pela frente. Desde a última semana, Zaghen passa três dias em Brasília, na sede do Banco Central, estudando a legislação e sugestões sobre o financiamento da dívida externa. Reeleição Uma das principais preocupações da equipe econômica é que a renegociação da dívida mobiliária se transforme em moeda de troca para a aprovação da emenda da reeleição no Congresso. Além de Bezerra, a comissão especial é integrada por mais nove senadores, todos conhecidos por suas opiniões contrárias aos critérios atuais utilizados pelo Ministério da Fazenda para refinanciar a dívida dos Estados. Integram a comissão especial os senadores Humberto Lucena (PMDB-PB), Gilberto Miranda (PMDB-AM), Carlos Patrocínio (PFL-TO), Vilson Kleinubing (PFL-SC), Levy Dias (PPB-MS), Geraldo Melo (PSDB-RN), Lauro Campos (PT-DF), Edison Lobão (PFL-MA) e Guilherme Palmeira (PFL-AL), além de Bezerra. Texto Anterior: PSDB explora declaração do adversário em defesa da descriminação do aborto Próximo Texto: Nacional tem 17º indiciado Índice |
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