São Paulo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996
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TAM diz que família não aceitou valor

DA REPORTAGEM LOCAL

A assessoria de imprensa da TAM afirmou ontem que a família que pede na Justiça uma indenização por um acidente com um avião da companhia em 1990 em Bauru (345 km de São Paulo) não aceitou o valor oferecido na época do acidente.
O caso está aguardando decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). No julgamento em primeira instância, a TAM foi condenada a pagar a indenização, mas recorreu e conseguiu reverter a decisão em segunda instância.
O advogado José do Carmo Seixas Pinto Neto, 43, que perdeu a mulher Gisele Marie Savi Pinto Neto, 29, e o filho Guilherme, 4, no acidente, recorreu ao STJ.
Gisele e Guilherme estavam em um carro, que foi atingido por um avião Fokker-27.500 que fez um pouso forçado em um terreno vazio, depois de uma tentativa frustrada de pouso no aeroporto de Bauru.
O piloto do avião, Paulo Sérgio Espósito, foi a única vítima fatal entre os 38 ocupantes do avião.
A mulher dele, Viviane Espósito, 34, acusa a companhia de não ter pago nenhuma indenização pela morte do marido.
"Não pagaram nem o seguro obrigatório", disse.
A assessoria da TAM não quis comentar o caso de Espósito, alegando não ter tido tempo de conseguir informações sobre esse assunto.
Segundo eles, a assessoria jurídica da companhia está voltada para o pagamento das indenizações às vítimas do acidente da semana passada.
Co-piloto
O co-piloto do Fokker-27.500, Minoru Kawakubo, 49, que estava em treinamento na época do acidente e foi acusado de ter feito a aterrissagem, também não quis comentar o assunto.
"Já respondi a processo e fui inocentado. Fui despedido da companhia por causa do acidente. Fiquei um pouco marcado por causa daquilo", disse.
Kawakubo, que hoje é piloto-instrutor da Pantanal Linhas Aéreas, negou que tivesse feito a aterrissagem do avião que sofreu o acidente.

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