São Paulo, quinta-feira, 7 de novembro de 1996 |
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Técnicos divergem sobre 'morte súbita' Sistema será usado na Copa da França, em 1998 MÁRIO MAGALHÃES
Mesmo criticada após sua introdução na Eurocopa-96, ela foi mantida pela Fifa (entidade dirigente do futebol), embora o presidente da entidade, João Havelange, tenha dito no último dia 9 de julho que isso não ocorreria. O técnico da seleção brasileira, Mario Zagallo, criticou o sistema: "Quem sofre o gol não tem chance de reagir" disse. Até 94, quando havia empate numa partida eliminatória de Copa do Mundo, os times jogavam uma prorrogação de 30 minutos. Se a igualdade se mantivesse, a decisão ocorria em pênaltis. Agora, se uma equipe marcar, a prorrogação está encerrada, com a classificação do vencedor. Na semifinal olímpica, depois do empate em 3 a 3 no tempo normal, a Nigéria marcou e se classificou. O técnico da seleção na conquista do Mundial de 94, Carlos Alberto Parreira, mudou de opinião depois de assistir, na Inglaterra, às fases finais da Eurocopa deste ano. "Quando a idéia foi lançada, achei interessante porque iria obrigar os times a buscar o gol para evitar os pênaltis. Mas o que ocorre é o contrário. Os times ficam atrás para não tomar o gol." Com Parreira, o Brasil foi campeão em 94 vencendo a Itália na final, nos pênaltis. Na Copa do Mundo de 86, o time foi eliminado nas penalidades, pela França. O técnico da seleção naquele Mundial, Telê Santana, apóia a "morte súbita". "Uma prorrogação de 30 minutos cansa muito os jogadores, que chegam arrasados aos pênaltis." Próximo Texto: Repercussão Índice |
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